Escândalo no PSG: político francês é acusado de tráfico de influência

Resumo

Hugues Renson, ex-vice-presidente da Assembleia Nacional, é suspeito de ter favorecido o Paris Saint-Germain ao longo dos anos, incluindo benefícios fiscais após a transferência de Neymar.

Hugues Renson, ex-presidente da Assembleia Nacional da França, foi formalmente acusado de tráfico de influência. Ele está sendo investigado por supostamente ter prestado diversos serviços ao Paris Saint-Germain durante o seu mandato, favorecendo o clube. Renson também enfrenta acusações de ter solicitado vantagens ao PSG, como ingressos para seus filhos e ofertas de trabalhos remunerados.

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Político francês, Hugues Renson teria favorecido o PSG por anos

Torcedor declarado do PSG, Renson é acusado de ter facilitado a obtenção de benefícios fiscais para o Paris Saint-Germain após a transferência de Neymar, que foi contratado pelo clube em agosto de 2017 por € 222 milhões (cerca de R$ 812 milhões na época). Essa transação permanece até hoje como a mais cara da história do futebol. Em sua defesa, Renson nega todas as acusações e afirma que “jamais cometeu qualquer ato ilegal enquanto exercia suas funções”.

De acordo com o jornal “L’Équipe” e outros veículos da mídia francesa, as investigações revelaram mensagens de texto nas quais Renson teria se comunicado com Gérald Darmanin, na época Ministro das Contas Públicas, buscando favorecimentos para o PSG.

— Gerald, eu gostaria de incomodá-lo sobre um de seus temas… Estou com Nasser, que está muito preocupado com uma grande operação. Sei que vocês estão em contato. Você poderia tranquilizá-los? Seria uma pena se a operação não acontecesse… Estou à disposição — teria dito Renson, conforme reportado.

As investigações também apontam que Renson interveio “várias vezes” em favor do PSG e seus dirigentes. Entre as alegações estão a facilitação da obtenção de vistos para funcionários do clube em viagens à China e tentativas de influenciar o calendário do Campeonato Francês.

Por outro lado, o político teria solicitado ingressos VIP para o Estádio Parque dos Príncipes em múltiplas ocasiões, tanto para jogos da Copa da França quanto da Champions League, conforme revelado pelo “Mediapart”.

Hugues Renson é filiado ao partido “Renascimento”, anteriormente conhecido como “La République en Marche!” (LREM), de orientação centrista. Esse é o mesmo partido do presidente francês Emmanuel Macron. Renson foi vice-presidente da Assembleia Nacional entre 2018 e 2022.

O político foi formalmente acusado na última quinta-feira, após seu primeiro interrogatório judicial, por “tráfico de influência por pessoa com mandato público eletivo”. A investigação foi iniciada pelo Ministério Público de Paris em setembro de 2022.

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